Quest Log #13: Uma mistura de Sonic e Mega Man!

Pulseman
Desenvolvedora: Game Freak
Publicadora: Sega
Plataforma: Mega Drive
Gênero: Plataforma
Lançamento: 22 de Julho de 1994 (JP)







Se você leu aí em cima Game Freak, lembrou que essa empresa é a mesma que desenvolve os jogos de Pokémon e tomou um susto, sua reação foi igual à minha. E tem mais, o character design do jogo é Ken Sugimori, o artista original da série dos monstros de bolso e o jogo tem a direção de Satoshi Tajiri, o criador da franquia dos monstrengos. Mas, com essas personalidades no time de produção do jogo, será que Pulseman traz alguma coisa da franquia da Nintendo? Seria um Pokémon da Sega? Bem, a resposta para as duas perguntas é não. Pulseman não tem nada a ver com Pokémon. Tem mais a ver com Sonic e Mega Man. Vou explicar isso mais adiante...


O híbrido

A história do jogo é cheia de japonesices, então lá vai...
No século 21, um cientista chamado Yoshiyama conseguiu criar uma inteligência artificial suprema, capaz de pensar, sentir e agir. Sua tecnologia veio na forma de uma mulher e o doutor se apaixonou por sua própria criação (pois é...). O doutor então resolveu se digitalizar e entrar no mundo virtual, para ficar junto da sua amada. Acontece que os dois, de alguma maneira, conseguiram procriar e tiveram um filho (eu avisei no começo...), uma criatura meio humana, meio virtual, a qual foi chamada Pulseman, com poderes elétricos. Porém, após viver muito tempo no mundo virtual, a mente de Yoshiyama foi corrompida e ele voltou ao mundo real em uma forma maligna. O cientista então fundou a "Galaxy Gang" e trouxe consigo um exército de criaturas virtuais para o mundo real para praticar atos de cyber-terrorismo. A única "pessoa" que poderia fazer algo é o próprio Pulseman, que a partir de então deve enfrentar seu próprio pai e acabar com seus planos malignos. Tirando a típica história bizarra de jogo japonês, a diversão é certa.


Se você sofre de epilepsia, não jogue!

O jogo é dividido em 7 fases. O interessante é que você pode escolher a ordem das fases que você quer ir primeiro, no melhor estilo Mega Man. O jogo não muda se você fizer ordens diferentes, é apenas uma maneira de oferecer uma escolha maior para o jogador. A cada 3 fases, o jogo lhe oferece essa escolha.

A fase do cassino: muita informação visual
As fases são bem longas e variadas, alternando entre estágios de progressão lateral e vertical. Cada fase se passa em um país, e no final todas elas possuem um chefão e uma fase bônus. Destaque aqui para a trilha sonora e os gráficos, a Game Freak fez um trabalho espetacular com o hardware do Meguinha e trouxe um jogo excepcional em termos gráficos e sonoros. As fases são bonitas e muito coloridas, porém se você sofrer de ataques epilépticos e for sensível a luzes piscantes, é melhor passar longe desse jogo, é sério. Eu que não tenho nenhum problema quanto a isso fiquei com dor de cabeça ao jogar Pulseman. As fases têm muitas luzes que alternam entre intensidade luminosa e cores, fora o brilho dos próprios poderes do herói. Algumas vezes é meio difícil até distinguir o que é cenário e o que não é, por conta dessa intensidade luminosa. Esse pisca-pisca fica mais forte principalmente no mundo virtual (a fase do cassino é um pesadelo nesse sentido), então cuidado para quem for jogar. Fica aí o aviso.


Herói elétrico!

As mecânicas do jogo são bem interessantes. O herói conta com uma "barra de energia" na forma de um relógio colorido, mostrado no canto superior da tela. O relógio começa no azul, que representa a energia cheia, depois passa para o amarelo e o último nível é o vermelho. Ou seja, Pulseman pode levar 3 golpes antes de morrer. Ao morrer, o jogador volta para o começo do segmento da fase, e começa o jogo com 2 vidas. É possível achar mais vidas coletando o item de vida específico ou juntando 10 bolinhas vermelhas (as S-Balls) espalhadas pelas fases. Procurando bem, dá pra fazer um bom estoque de vidas. A energia só é recuperada ao morrer, ao ganhar uma vida e coletando itens na forma de corações, que recuperam um nível do relógio.

O ataque principal do personagem é uma adaga elétrica, de curta distância. Aqui, para "carregar" o poder de Pulseman não basta segurar o botão de ataque; é necessário que o jogador corra por uma curta distância para acumular estática e carregar seu ataque. Com a carga, o jogador pode disparar uma rajada elétrica à distância apertando o botão de ataque, ou entrar em um modo elétrico apertando outro botão além do de ataque ou de pulo. Nesse modo, Pulseman vira uma bola de eletricidade e ricocheteia pelo cenário, sendo possível tomar impulso para alcançar lugares altos, matar inimigos ou pegar atalhos na fase. É aí que a parte Sonic do jogo aparece: as fases favorecem bastante a corrida e alguns segmentos só são vencidos se o jogador usar o ricochete para subir.


Pulseman é um jogo muito bom de se jogar. Sua jogabilidade é fluida e suas mecânicas são muito interessantes. O único problema é que o jogo é muito extenso, e não tem passwords. Pra finalizar, só jogando o jogo inteiro do início ao fim. Outro problema é o excesso de luzes no jogo, chega a dar uma dor de cabeça mesmo e cansar muito a vista, a ponto do jogador nas últimas fases nem aguentar mais aquele excesso de informações. Apesar disso, Pulseman é muito divertido e com certeza eu recomendo para quem gosta de jogos de plataforma e quiser ter uma experiência diferente. Excelente trabalho da Game Freak no Mega.



- Retro Quest status:
Total de jogos: 14/568
Jogos de Mega Drive finalizados: 2/52
Pulseman: Recomendado, mas não para quem é sensível a luzes piscantes

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